Mais um romance fantástico de Ken Follett. Quanto mais leio deste autor, mais fico rendida aos seus livros. Desta vez, e ainda sobre um clima de guerra, Follett leva-nos a sobrevoar o atlântico nas asas de um Boeing 314, um luxuoso hidroavião, que faria a viagem entre Inglaterra e os Estados Unidos e a quem as pessoas com grandes possibilidades era permitido viajar.No entanto, ter dinheiro não significa ter escrúpulos e no mesmo local vão estar reunidos, durante 29 horas, pessoas de várias estirpes, desde a família Oxenford, cujo patriarca é um acérrimo fascista e seguidor de Hitler, que acaba de declarar a Segunda Guerra Mundial. Com a entrada da Inglaterra na guerra contra a Alemanha, a família Oxenford decide partir para a América até ao fim da mesma. Por isso mesmo, reservam passagens no Clipper da Pan American.Percy, o irmão mais novo, ficou contente por viajar novamente de avião. Já Margaret, uma rapariga um tanto ao quanto revolucionária, que é contrária às ideias do pai e que deseja por tudo alistar-se na guerra contra os alemães.Tom Luther, um gangster.Harry Marks é jovem ladrão de jóias que depois de descoberto, e de quase ter sido presdo, aproveita ter saído da prisão sob fiança e com o dinheiro que tinha juntado dos roubos que havia feito ao longo dos tempos, decide partir no luxuoso voo rumo à terra das oportunidades.Nancy Lenchan é uma empresária de calçado a quem o irmão deseja passar a perna ao tentar vender a fábrica sem o seu consentimento.Diana e Mark são dois recentes amantes que se conheceram há pouco tempo e que decidem partir para a América.Lulu Bell, uma famosa actriz; Carl Hartmmann um famoso cientista judeu, entre muitos outros. Toda esta miscelânea de raças, credos, e "profissões" vai criar conflitos, conversas e acesas discussões que tornarão a viagem cada vez mais interessante.Ken Follet tem o condão de criar famílias recheadas de mistérios, com mulheres fortes para uma época ainda dominada pelos homens, em que a emancipação da mulher se começa a tornar evidente, mas que ainda está a dar os primeiros passos.Impressionante é o relato verídico do Boeing 314 Clipper, um hidroavião luxuoso, não existindo hoje em dia qualquer exemplar dos 12 que foram construídos. Um destes transportou o presidente Roosevelt à Conferência de Casablanca em Janeiro de 1943 e um outro sofreu um acidente em Lisboa do qual resultariam 29 vítimas.Eram servidas autênticos repastos como se de um hotel se tratasse as pessoas tinham casas de banho com toucadores para se poderem pentear à vontade, locais para poderem dormir descansados, como beliches e existia, inclusive, uma suite nupcial.
RATING: 3 stars.Ken Follett é um autor muito aclamado tanto a nível nacional e internacional e alguns dos seus livros foram adaptados à televisão. "Noite sobre as Águas" foi comparado ao "Crime no Expresso do Oriente" de Agatha Christie (mas num avião) e os comentários na capa do livro prometem um crescendo de suspense.Bem... não me pareceu assim muito misterioso, este livro. O mistério propriamente dito (se é que se pode considerar isto um mistério) só tem lugar nas últimas duzentas páginas do livro e é bastante simples e fácil de adivinhar. De thriller, este livro não tem assim muito."Noite sobre as Águas" tem lugar em 1939 e conta a história fictícia do voo de um avião de luxo que a Pan American utilizava para transportar os seus passageiros mais ricos através do Atlântico. Temos um conjunto de personagens que lembra realmente um pouco aquelas que nos são apresentadas por Christie em "O Crime no Expresso do Oriente"; basicamente os ricos e os ociosos, misturados com alguns novos ricos e indivíduos da classe média.A primeira parte do livro desenvolve algumas das personagens que terão mais protagonismo no enredo. Temos Margaret, filha de um marquês fascista, Harry Marks, um ladrão de joias, Diana Lovesey, uma mulher pouco satisfeita com a sua vida e outros. Estas personagens vão formar a teia de intriga e enganos que culminará a bordo do avião (Clipper). E algumas das personagens são efetivamente interessantes, especialmente Margaret com as suas ideias feministas e socialistas e Hartmman o físico judeu fugido da Alemanha. Follett explora com mestria os choques ideológicos que tiveram lugar na Europa nesta altura através das suas personagens. E é por isto, na minha opinião, que este livro vale. Como disse anteriormente, o mistério é bastante "morno" e simples. Não há nesta parte da história qualquer traço de genialidade. São as personagens e as suas interações que dão vida a esta obra.No geral, um livro agradável mas nem de perto nem de longe tão bom como outros que já li do autor. Não o consideraria um thriller, per se, e definitivamente não o compararia à obra de Agatha Christie.
Do You like book Night Over Water (2004)?
As I was introduced to Ken Follett, like many were, through Pillars of the Earth and the Fall of Giants (Century Trilogy - worth a read), he has quickly made a fan of me. While not for everyone, I love his writing style, and all the books I've read by him don't ever make reason for me to believe the author is bad. This was no different. I read it a while ago, and have reread it multiple times. It could be my naturally sentimental self - this was the first thriller by Follett that I read, and also the one that really hooked me on him - but this easily warrants a good review, and is one of my favorites.Definitely, if you don't know whether or not to read it, you should. You won't regret it.xxK
—Krista
This novel takes place in 1939 just after England has entered World War II. It's told from multiple points of view, all from people who will take a flight aboard a Pan-Am Clipper (a truly luxurious (and historically accurate) airplane in the second 2/3rds of the book. This is sort of like a "Murder on the Orient Express" set-up although more thriller than who-dunnit mystery. Passengers include business people, aritocratic families, a debutante, a film star, a petty thief, etc. They all have reasons for being on this luxury plane ride across the Atlantic, some of them because they want to be there and some because they have to be. The thriller/action part of the plot surrounds the lead engineer of the plane who is forced to sabotage it in order to save his wife who has been kidnapped in America. Follett leaves the reasons for this unclear at first as well as who the kidnappers are but uses it to build the suspense. In the end it turns out to be quite a complicated plot but I won't spoil it for you. This is a well-plotted novel; the suspense builds as we make our way through the story and we get to see events from several perspectives. Mr Follett does a great job building his characters and even though there are quite a lot of them, it is easy to follow the action because we know them so well. And he does a fantastic job of establishing the atmosphere. The descriptions of the scenes and especially the dialog of the characters really brought me in to the era. Sometimes it was like I was watching a Humphrey Bogart movie. I highly recommend it for fans of WWII era historical/thriller fiction.
—Benjamin Thomas
On the eve of the Second World War, Pan American Airways provides luxury trans-Atlantic travel on its Boeing Flying Clipper, the largest passenger plane of its time. The plane shortens the trip from Southhampton, England, to New York City from the 5-6 days required by ocean-going vessels to a mere 30 hours. It also provides a sense of adventure for those who can afford the ticket.Set aboard the Clipper, this book tells the stories of a disparate group of passengers making one of the last passages before service is suspended because of the war. We have a love triangle, a petty thief hoping to escape jail, a disgraced noble and his family and other characters, thrust together in close quarters. Follett does a terrific job of developing these characters and their stories. The interactions between the characters all ring true, and as the tensions mount, he keeps the reader guessing as to what will happen next. This is a terrific thriller, in an unusual setting that gives the reader a detailed glimpse into what the early days of commercial air travel looked like.
—Andrew