Se há um livro que li até agora neste ano sobre o qual fiquei bastante dividida na minha opinião, foi com certeza este. Em vários aspectos gostei, noutros começava a pensar se deveria levar a leitura em frente. Como era um livro pequeno e até gostei da história base, acabei de o ler, mas fiquei com algumas reservas.A mitologia das bruxas é muito boa, e gostei bastante do capítulo onde foi contada a história da origem das bruxas e da sua divisão em dois clãs rivais, pois afastou-se da linguagem que a autora usou no resto do livro, tendo escrito este excerto com uma voz mais "histórica". Já no resto do livro a escrita utilizada causou-me alguma estranheza, mas fiquei sem perceber se foi mesmo problema meu com a forma de escrever da autora, ou se foi um problema de má (ou melhor, péssima) tradução. Qualquer pessoa diz que sabe falar espanhol, mas a verdade é que dependendo da zona de Espanha há muita coisa que muda, e pode ter havido um grande descuido no processo de tradução (e já se sabe que hoje em dia quem anda a formar-se para aprender a traduzir, na maioria dos casos nem o português sabe em condições).Quanto à história em si, a parte mais interessante era previsível desde o início, embora tivesse um aspecto envolvido do qual eu não estava à espera. Mesmo assim, é um pouco frustrante estar a ler um livro quando já se está a prever o que vai acontecer no fim, e este foi um dos quais em que isso me aconteceu. Mas mesmo com essa parte previsível, houve bastantes aspectos interessantes no que se relaciona com a sociedade das bruxas e a diferença de valores entre os dois clãs. Por isso mesmo prevendo o que ia acontecer, essa curiosidade de saber mais sobre elas levou-me a continuar a ler. Devo ainda dizer que achei que o tema das bruxas foi introduzido na história de forma um pouco "abrupta".Mas, de todos os pequenos problemas que tive com este livro (que, admito, muitos devem ter sido relacionados com a minha "exigência" enquanto leitora), há um que eu não posso mesmo deixar de referir, porque me deixou perplexa, ao ponto de já o ter referido a várias pessoas com as quais falei sobre este livro, pois não sei mesmo como é que se pode ter deixado um erro daquele género chegar às bancas. Há uma cena no livro em que Anaíd está com uma amiga da mãe ao pé do mar, e surge um "cardume de peixes" (é mesmo assim que surge descrito no livro) a nadar em volta dos seus pés. Eu comecei a imaginar um grupo de pequenos peixes, como é normal, mas no fim do parágrafo surge, para minha admiração, a referência a esses "peixes" como sendo "golfinhos". Sim, aquele animal fofinho e inteligente que embora viva no mar, até uma criança de colo sabe que é um mamífero. Isto fez-me imensa confusão, e levou-me a estar mais inclinada para o facto de a escrita me parecer estranha mesmo por má tradução. Como é que é possível que um tradutor, ou até um revisor, deixe uma coisa destas passar assim?Fora estes aspectos, até fiquei com uma ideia positiva do livro (embora tenha ficado "alérgica" a livros cuja protagonista é uma criança de 14, 15 anos sobredotada depois de ler "A Sociedade do Sangue"), mas achei que teve um final decente e fiquei sem qualquer tipo de curiosidade em ler o volume seguinte, mesmo depois de ir ler a sinopse. Isto deve-se ao facto de, na minha opinião, não serem deixadas pontas soltas importantes o suficiente neste livro para incitar um leitor a querer continuar a ler.Mas não vão por mim no caso de o quererem ler, porque, como já disse, fiquei bastante dividida na minha opinião deste livro, e tenho argumentos para defender tanto uma opinião positiva como negativa (sendo o aspecto negativo muito assente na parte linguística que eu, como licenciada em Jornalismo, não consigo deixar de parte). Se o querem ler façam-no, que a história não é má, e até pode ser que a leitura vos corra melhor do que a mim! Já tinha visto este livro à venda em Espanha mas, como a minha sede de ler obras no inglês original que ainda não foram traduzidas para a língua de Camões suplanta tudo, não lhe havia dado a devida atenção. Muitos já o classificara m como o sucessor de Harry Potter e, apesar das muitas diferenças, parece-me que será um livro que agradará muito facilmente aos fãs de J.K. Rolling. Embora de início as coisas não sejam muito claras e a proveniência e guerra entre as Omar e as Odish possam fazer alguma confusão, rapidamente esta se desvanece graças à simplicidade da escrita da autora e ao amor quase palpável que dedicou a cada palavra impressa. Anaíd é uma jovem descriminada na escola não apenas por ser feinha e pequena para a idade mas também por ser a melhor aluna da turma. Não sabe o que é ter um amigo, não sabe o que é ser convidada para um aniversário... estas carências do personagem e os sentimentos que daí advém contribuem para que rapidamente nos entre no coração e desperte cumplicidade e ternura no leitor mais empedernido. A esta personagem cabe-lhe também aquela nota de mistério final que nos deixa com água na boca para o que virá a ser o segundo volume da trilogia Guerra das Bruxas, lamento mas não posso adiantar mais sem começar a dedicar-me ao spoiller. A estória passa-se no presente, no nosso mundo, mas o mundo das bruxas, a sua realidade e a organização da sua sociedade, está bastante bem criado embora haja um ou outro ponto que espero ver clarificado num futuro volume. Num tom sempre muito simples e pejado de carinho, a autora leva-nos a descobrir que as aparências iludem (e muito), que até os que nos são mais próximos podem ser enganados com alguma facilidade; descobrimos que a rejeição marca determinantemente qualquer pessoa, até as que têm poderes paranormais, e que o amor incondicional pode levar-nos não só à alegria máxima mas também ao pico do desespero no qual cometemos as maiores loucuras. Foi uma estória que me proporcionou momentos de grande prazer e que, sem que saiba explicar muito bem como pois há aspectos bastante previsíveis, me deixou agarrada ao livro com vontade de saber qual o passo que se seguiria. O único ponto "negativo" a apontar é, além da previsibilidade de algumas acções, a tradução que no geral está muito boa mas tem algumas pequenas falhas passíveis de serem detectadas por quem está muito familiarizado com o castelhano. Ainda assim, o leitor não vê a leitura nada comprometida pois não há quebras no ritmo de leitura provocadas por este aspecto.Recomendo.
Do You like book De Clan Van De Wolvin (2006)?
I thought the ending was a bit of a cop out but other then that it was pretty good.
—crispine
it was quite goodnot a lot of magicbut still i could not put it down
—kobi
GREAT juvenile book. I loved it and now my daughter is reading it.
—Al95