Este livro era da minha irmã e eu comecei a lê-lo e acabei por não me conseguir despegar dele. A minha mãe já me tinha avisado uma vez que era um livro para maiores de 16 anos, contudo li-o. Sorrateiramente, sem que ninguém soubesse, fui lendo as palavras, as frases, os parágrafos… Não obstante, ia-me apercebendo que este livro requeria mais maturidade do que a que eu apresento: Era um livro que nos demonstrava a realidade que muitas vezes nos tentam esconder do dia-a-dia. Por vezes, tive pesadelos ao longo da leitura, mas nada disso me deixou abalada nem me fez desistir da leitura.Este livro conta-nos a história de uma rapariga, Christiane F., a própria autora, que nasceu e viveu no campo durante 6 anos e que se mudou para a cidade de Berlim. Christiane F. tinha problemas familiares, onde o pai lhe batia a ela à irmã e à mãe.Como consequência de uma infância e educação deformada e liberal onde não existe espaço para o amor, só para o dramatismo e para a violência, Christiane F. torna-se numa adolescente repulsiva e carente que tudo faz para atingir a atenção dos amigos e conhecidos, mesmo que para isso ela tenha que envergar por caminhos ruins. Christiane arranja uma amiga, Kessi, que se relaciona com drogados e alcoólicos. De acordo com Kessi “Ser fixe é drogar-se, ser mal-educado, fumar, e beber”, teoria que Christiane acaba por igualmente adoptar. Kessi dá à Christiane a oportunidade de conhecer o lado obscuro da vida. Elas começam, portanto, a tomar drogas leves, fumar, beber, e ir constantemente a discotecas, mentindo às mães. Com o tempo a Christiane vai arranjando os seus próprios amigos, namorados e caminhos. Como a maior parte dos drogados, acaba por cair nos braços da Heroína.Acaba por se tornar numa drogada viciada. Devido à droga, começa-se a prostituir para arranjar dinheiro. Christiane tem um namorado, o Detlef, que por sinal também se droga, com o qual inicia a sua vida sexual. Apesar da Droga eles conseguem estabelecer uma bonita relação que acabará por se destruir com o passar do tempo. A Mãe de Christiane acaba por descobrir que a filha se droga e tenta arranjar soluções para este problema, mandando-a para centros de desintoxicação, mas acaba por perceber que as coisas não são fáceis. O pai também ajuda, mas as soluções que parecem ser eficazes não se conseguem por em prática. Será que a mãe a consegue ajudar?Achei este livro extraordinário, excepcional! Porque este consegue-nos mostrar e intrigar, consegue-nos fazer pensar e dizer “Que porcaria de mundo é este?”. No mundo em que nós vivemos existem famílias e famílias onde a violência doméstica preenche a vida das indefesas crianças. Como se poderá esperar de tal criança uma adolescência e uma mentalidade pacífica e não deformada? No mundo em que nós vivemos, basta passarmos numa esquina e referir o nome de uma droga que aparece de imediato um traficante a perguntar se queres comprar; neste mundo em que nascemos crescemos e morremos os jovens não têm suficiente informação sobre bastantes assuntos, não têm consciência da gravidade das coisas; Vivemos num mundo onde há falta de amor, de carinho, de atenção.Antes de ler esta obra pensava que a droga não era algo tão ruim de se deixar, achava que a maior parte das pessoas que querem conseguem desintoxicar-se, mas agora percebo que é muito difícil. Percebo que a droga é um assunto sério, que arruína a vida de qualquer um, que rouba sorrisos e oferece lágrimas. Também fiquei sensibilizada para o facto da falta de compreensão e ajuda para com os drogados. Sim, porque, não mintam, a vossa primeira reacção ao ver um drogado na rua, caído no chão, é afastarem-se, não é? A minha é. Mas, agora vejo, os drogados são pessoas iguais a nós, que simplesmente cometeram um erro, um erro que por vezes devesse à falta de segurança, à tristeza, à solidão. Sim, os drogados estão sozinhos, abandonados neste mundo. Existem pessoas que assassinam outras, mães que abandonam os filhos, e não são descobertas, nem portanto julgadas. Os drogados cometeram um erro muito mais suave, no entanto são mais julgados ainda. O livro também me alertou para o facto de a droga destruir não só a pessoa que a tomam, mas também as pessoas que amam essa pessoa. Como é que sentiriam se vissem os vossos irmãos, amigos mais chegados, namorados a caminharem para o abismo que é a droga? Sentiriam-se também vocês a morrer. O certo é que colocar um charro na boca, ou ingerir uma pastilha de ecstasy é um passo para a morte, é atirarmo-nos para uma teia de aranha onde sabemos que vamos ser devorados, é enfiar-mos os pés no lodo, e esperar que este nos cubra por completo.Ao longo do livro apercebi-me que a Christiane amava mesmo o Detlef, já que ela temia mais a sua morte do que a própria. Comoveram-me as partes em que a Christiane fala do seu namorado. Comovi-me quando o Detlef estava prestes a morrer e ela fica desesperada, comovi-me com o facto de ele conseguir abdicar em parte da droga para ficar com ela. Mas, ao longo do livro a droga destruiu o que tinham, porque a droga deixa uma pessoa sozinha, a partir de um certo momento, as pessoas já não amam, já não sentem, já nada sabem… a partir de um certo momento as pessoas vivem por viver, vivem sem ambições, e começam a ser meios-mortos! O que faz uma pessoa ser feliz são os sentimentos. É tão bom amar alguém, tão bom odiar alguém, tão bom ficar orgulhosos de algo, de nós. Como se sentiriam se não tivessem capacidade para amar, odiar, gostar? Sentiriam-se vazios. Se perguntarmos a uma pessoa porque é que ela se droga ela responde-nos que é por ter problemas, mas não. As pessoas drogam-se porque é «fixe», porque está na moda, não por se quererem envenenar. Porque se fosse para se envenenarem porque não comiam antes excrementos de rato ou pesticidas?E é portanto por isso que nos cabe a todos nós ajudar. Devemos todos erguer as mãos e contribuir para que este mundo, esta sociedade melhore. Devemos optar pelo ”Não”; devemos rejeitar a droga. Se menos pessoas aderirem à droga menos traficantes haverão e consequentemente menos droga haverá. Devemos olhar para o céu e pensar… as estrelas, a lua, o sol, os amigos, os sorrisos, a família, o amor, para isso sim vale a pensa viver!Gostava também de referir porquê o nome de “Os filhos da Droga”. Este livro chama-se assim pois, de acordo com Christiane, a Heroína tornava os drogados irmão – Irmãos, irmãos e a heroína era a sua mãe. Aconselho este livro a todos os meus colegas, e se o lerem espero que retirem as mesmas moralidades, e espero que gostem tanto dele como eu. Só me resta dar os meus parabéns à autora.
1979. gadā izdotās vācu autores Kristiānes F. grāmata „Mēs – Zoo stacijas bērni” ir pašas rakstnieces dzīves stāsts par pusaudžu vecumā piedzīvoto dzimtajā Vācijā. Grāmata tika sagatavota ar žurnālistu Kaja Hermaņa un Horsta Rīka interviju palīdzību. Tajās viņa visos sīkumos dalījās savā pieredzē ar narkotikām. Kā un kāpēc sāka tās lietot, par atkarībnieku bezjēdzīgo dzīvi, kurā nav nekā svarīgākā par dienišķās heroīna devas iegūšanu. Kā arī par smagāko atkarībnieku uzdevumu – ja vēlies dzīvot, tad atkarība ir jāuzveic, kamēr vēl neesi nomiris no pārdozēšanas kādā stacijas tualetē. Tā kā Kristiāne bija gatava dalīties ar visu sev pieejamo informāciju, grāmata daļēji kļuva par dokumentālu stāstu. Visā grāmatas garumā tiek aprakstīts nozīmīgs Kristiānes dzīves posms. Tajā parādās arī normālas, ar pusaudžu vecumu saistītas problēmas, kuras mums visiem ir saprotamas, piedzīvotas. Iespējams, ka ar dažām saskaramies vēl tagad. Darba sākumā Kristiāne iepazīstina lasītāju ar savu dzīvi vēl pirms tajā parādījas narkotikas. To visu lasot apstiprinās fakts, ka mūsu dzīvi ļoti lielā mērā ietekmē bērnība. Sākumā pat neliekas, ka šī jaukā , līdzjūtīgā, sešus gadus vecā meitene reiz iekļūs narkotiku atkarības spīlēs. Smagā, vilšanās pilnā bērnība, vecāku savstarpējie ķīviņi, viņu vienaldzība par bērnu prātos notiekošo. Visas ģimenes problēmas arī jauno meiteni padara vienaldzīgu. Viņa pārāk ātri pieaugt, „sapinas” ar nelabvēlīgām, vecumam neatbilstošām kompānijām un jauno draugu iespaidā sāk izmēģināt „vieglās” narkotikas – hašišu, dažādus medikamentus u.c. Kādā brīdī autore grāmatā raksta: „Ģimeni man aizstāja mana kompānija jeb kliķe. Tajā pastāvēja kaut kas līdzīgs draudzībai, maigumam un mīlestībai. ... Kaifā jutos kā īsta kompānijas locekle.” Un, lai cik dīvaini tas neliktos, šīs kompānijas apreibināšanās notikas baznīcas vadītas iestādes aizsegā. Autore nebaidās visiem atklāt patīkamās sajūtas, kuras radīja narkotikas un muļķīgo, nepieredzējuša cilvēka pārliecību, ka pati jau nekad nelietos neko stiprāku un atkarīga nekļūs. Taču drīz vien parādās jauni draugi, katrs nākamais ar spēcīgāku narkotiku atkarību. Kāda diskotēka bija liktenīga un meitene sāka lietot heroīnu. Divu gadu laikā Kristiāne pilnībā izmainās, kļūst atkarīga un dara arvien trakākas lietas narkotiku iegūšanai. Laika gaitā arī viņa kļūst par mazgadīgu prostitūtu un kopā ar citiem bērniem pulcējas Zoo stacijas mazgadīgo stūrī. Vairākus gadus viņa nodzīvo dubultu dzīvi, jo māte par meitas problēmām neko nenojauš, līdz brīdim, kad meiteni Zoo stacijā aiztur policija. Tad sākas grūtākais meitenes dzīves posms – atkarības uzveikšana. Vairākas reizes viņa atkal krīt kārdinājumā un atsāk špircēties. Cīņa ar narkotikām prasa no meitenes daudz spēka, milzīgu gribasspēku, ir nepieciešams ģimenes atbalsts, kuru Kristiāne beidzot arī saņēma. Taču viņas cīņa nebeidzās grāmatas pēdējās rindās. Tā turpinās visu viņas dzīvi, jo „neviens bijušais narkotiku lietotājs nav pasargāts no recidīviem”. Autores rakstīšans stils ir ļoti viegli lasāms un saistošs. Grāmata aizrauj lasītāju līdzi notikumu virpulī, un interese par stāstā notiekošo nepamet līdz pat pēdējam brīdim, kā arī pēc darba izlasīšanas. Kristiāne grāmatā ir patiesa. Viņa apraksta notikumus visos sīkumos, lai cik brutāli un nepatīkami tie varētu būt lasītājam. Tieši atklātība padara grāmatu īpašu. Stāstam var dzīvot līdzi, patiešām iedziļinoties rakstītajā. Grāmatā ir iekļauti tiesu dokumenti, intervijas ar Kristiānes māti, Gerhardu Ulberu, kādreizējo kriminālmeklēšanas vecāko padomnieku un Berlīnes policijas narkotiku inspekcijas priekšnieku, un Renāti Špiki, narkotiku apkarošanas nodaļas lietvedi. Kā arī iekļautas bildes ar dažādiem Kristiānei pazīstamiem narkomāniem. Visbiežāk bildēm pievienotie apraksti pavēsta datumu un vietu, kur jaunieši atrasti miruši no pārdozēšanas. Narkotiku tēma ir aktuāla arī mūsdienās. Lai gan par to kaitīgo ietekmi tiek stāstīs ik dienas, atrodas arvien jauni cilvēki, kas tomēr tās izmēģina un beigās kļūst atkarīgi. Grāmatu vajadzētu iekļaut skolu obligātās literatūras sarakstā, jo tā ir simts reizes labāka par kārtējo skolā pasniegto nedabisko, nepiesaistošo lekciju vai mācību stundu par narkotiku kaitīgo ietekmi. Būsim atklāti – lekcijas un mācību stundas skolēnus garlaiko, tāpēc tajās bieži vien lielākā daļa nemaz neklausās. Šo grāmatu es iesaku izlasīt visiem – gan pusaudžiem, gan pieaugušajiem – neatkarīgi no tā kādi ir uzskati un domas par narkotikām. Tā ikvienam pavērsīs jaunu skatu punktu uz apkārt notiekošo, un liks būt piesardzīgiem nākotnē. Tāpēc nobeigumā vēlos citēt dr. Jāni Strazdiņu, kurš grāmatas ievadā raksta: „Varbūt jāsāk domāt, kamēr mūsu meitas nav kļuvušas par prostitūtām, bet dēli sākuši pārdoties pedofiliem”.
Do You like book Wir Kinder Vom Bahnhof Zoo (1999)?
Eins meiner Lieblingsbücher aller Zeiten.Ich erinnere mich wie ich dieses Buch einmal während der Sommerferien gelesen habe und irgendwann so sehr drin war, dass ich während des ersten Entzugs der Christiane F. selbst die Nebenwirkungen erlebt habe und es mir richtig dreckig ging. Wirklich empfehlenswert, sowohl für Erwachsene als auch für Jugendliche. Was ich besonders daran mag ist, dass auch der unbedarfte Mensch, der sichüberhaupt nicht erklären kann, wie man denn bloß so dumm sein kann, Drogen zu nehmen, nach dem Lesen dieses Buches einen Eindruck erhält, wie es dazu kommen kann und dass es mit Dummheit nichts zu tunhat, warum manche Menschen drogensüchtig werden.
—Anna
In one of my many adventures (read: rummaging through the books my father brings home), I came across this curious book. I was 14 and I never knew back then what heroin or drug addiction is. The first few paragraphs were interesting and the character in the book was almost the same age as me so I kept on reading. It all started with an innocent activity with friends, going to places and meeting new people. I vaguely remember the details but the innocence of the girl resonates. From there, things went from bad to worse to absolutely tragic, and to think that the girl was so young she could have been playing with friends, watching TV and having celebrity crushes, appreciating music, or just studying. In short, having a normal teenage life. The pages in "H" were like a distorted mirror of myself in some parallel universe--"Christine" went through things that were, for me back then, unheard of. What I love most about this book is that it doesn't glamorize drugs or the lifestyle. It presented things as they were--the cravings, the company she runs around with, her family's discord, the transition from child to junkie. As jarring and eye-opening as it was to a teen life me at that time, the narrative has also been very intimate and honest. In some way, this book has helped prepare me for the life ahead. It provided a preview of a very personal "worst case scenario". There will be nasty things and violence and terrible people in the world. There will be a time you will get hooked in a seemingly unending cycle where there would be no escaping. You may either use people or let other people use you. There will be a lot of vile things all around. Still, our heart of hearts would struggle to transcend. I don't remember how the ending here went but the book, as well as watching "The Basketball Diaries" soon afterwards, taught me one thing: Everyday we go through choices that lead us to different paths. Everything we do, no matter how mundane or harmless it may seem, may lead to a slippery slope from which lives can be ruined. Some people say I'm a control freak but I just don't like to develop bad habits, nor do I condone other people dear to me when they start some themselves.I give this book 3 stars. I will be willing to give it more, that is if I find the book and get to read it again.
—Tiffany
Living in Rudow and commuting to work through Gropiusstadt, it struck me that I should know the memoir that the neighbourhoods are famous for. The book, put together from interviews with Christiane F., a teenaged heroin addict, her mother, and authorities working to fight drug use in West Berlin in the 1970s, follows Christiane from her early childhood, when she was abused by her father, who was an alcoholic, to her teenage years, when, desperately hoping for acceptance and love, she sank deeper and deeper into the club scene around the Ku'damm, with all the associated drug problems. By the time Christiane figured out that addiction doesn't make you cool, she was hooked, selling herself for 40 marks a go at the Bahnhof Zoo to maintain her habit. Christiane doesn't romanticize or preach (which distinguishes this book from others of its kind), but lets her experiences serve as a warning in themselves. Though I found it impossible to sympathise with her, I found the book completely riveting.
—Meredith