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The Warlord Of The Air (1971)

The Warlord of the Air (1971)

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3.66 of 5 Votes: 2
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ISBN
0441870600 (ISBN13: 9780441870608)
Language
English
Publisher
ace books

About book The Warlord Of The Air (1971)

É nestas alturas que as etiquetas se revelam empecilhos. A tentação de descrever este livro como um excelente exemplo de obra proto-steampunk é muito grande, mas fazê-lo seria um grave erro. The Warlord of the Air não foi conscientemente escrito para iniciar um novo movimento literário, e categorizá-lo como proto-qualquer coisa é uma falta de rigor similar à que explica classificações de Wells ou Verne como escritores steam. Há quem o faça, por gritante que pareça. O problema é que hoje é impossível ler este livro sem ser pelas lentes de umas goggles mecanicistas, graças à influência do género. É um crédito para a sua evolução e implementação na cultura popular, mas há que sublinhar que não é o género que marca este livro. É o seu oposto. A ousada iconografia desta obra de Moorcock é uma das centelhas do movimento, fonte de inspiração para a sua estética tão especial.The Warlord of the Air é uma intrigante e bem urdida experiência de Moorcock no campo das ucronias. A história do Capitão Bastable, oficial colonial que ao tentar pacificar uma discreta mas aguerrida tribo que se mantém irredutível numa misteriosa cidade doa Himalaias se vê no meio de um arrasador terramoto e desperta décadas depois num quase irreconhecível mundo futuro replica um elemento clássico da ficção fantástica, do Rip van Winkle de Irving ao John Carter de Burroughs ou Buck Rogers de Nowlan, todos heróis que acordam em futuros longínquos ou mundos de fantasia. Moorcock aproveita para fazer um delicioso What If, equacionando um século XX onde as potências ocidentais não se aniquilaram nos campos de batalha da Flandres. O imperalismo colonialista que caracterizou o final do século XIX é aqui extrapolado pelo século XX dentro, com as tensões do Grande Jogo colonial mantidas artificalmente vivas por um consenso entre as Potências que incluem, para além dos suspeitos do costume, uns Estados Unidos fãs de estenderem o manto de protectores sobre a Indochina, um assertivo império nipónico que vai modelando um novo Japão numa China dividida entre enclaves coloniais e territórios controlados por senhores da guerra, e um império russo que cedeu às pressões democratizantes mas não se desagregou em sovietes. Resta, como esperança de um mundo diferente e pós-colonial, um senhor da guerra chinês que congrega no seu bem defendido território anarquistas, rebeldes e dissidentes de todo o mundo e desenvolve novas armas capazes de defrontar as bem armadas frotas de dirigíveis imperiais - ágeis aeronaves mais pesadas do que o ar, capazes de abater os pesados zeppelins, e uma arma suprema desenvolvida por físicos dissidentes que será lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima, ponto de encontro das frotas aladas aliadas que se congregam para aniquilar a cidadela do progressista senhor da guerra que está a provocar inquietação em todo o mundo colonizado.É neste cenário que se move Bastable, salvo das ruínas himalaias por um dirigível da polícia fronteiriça do Raj anglo-indiano. É levado às glórias urbanas de Bombaim e Londres, cidades que resplandecem de utopia retro-arquitectónica. Atravessa os domínios do império ao serviço de um dirigível de transporte que o leva às américas. Ao perder a paciência com um passageiro excepcionalmente cretino é obrigado a despedir-se, e arranja emprego como aeronauta com um misterioso capitão que acaba por se revelar um dos rebeldes que ameaça a segurança e estabilidade do império. A sua primeira reacção é de intenso patriotismo, mas falha ao tentar aprisionar os rebeldes. Estes revelam-se menos violentos do que esperavam, e levam Bastable ao covil do senhor da guerra, mostrando-lhe o outro lado da utopia imperialista: os povos colonizados, com direitos negados na sua própria terra, permanentemente subalternizados e explorados. Bastable vai-se transmutando de fiel servo de Sua Majestade num homem realista, capaz de perceber os vícios institucionais e com vontade de combater as injustiças que grassam no mundo. Algo que tem o seu quê de retrato da humanidade num século que começou imperial e colonialista mas terminou fragmentado em nacionalismos exacerbados. A linguagem visual de Moorcock dá a este livro um carácter apaixonante. O périplo por este futuro retro de uns anos 70 do século XX diametralmente diferentes do que realmente foram é nos dado por uma linguagem clara que nos deixa a imaginar um estilismo que mistura o lustro art-deco com a ornamentação belle-époque e o visual tecnológico dos primórdios da era industrial. Em essência, a iconografia do que mais tarde iremos apelidar de estilo steampunk, mas neste livro um constructo ficcional que tenta criar um mundo alternativo com verosimilhança visual e se inspirar nos estilos que marcaram o início do século XX. A desejável imutabilidade imperial está patente na permanência de uma elegância mais à vontade no 1900 do que no 2000. Talvez o momento em que este livro melhor revela a sua riqueza ficcional é o da empolgante batalha que opõe uma armada de dirigíveis imperiais aliados às forças tecnologicamente mais flexíveis do senhor da guerra, um momento excepcional num livro já de si de excepção. Este é o verdadeiro warlord of the air, um Robur asiático amante dos ideais de libertação. Este é um daqueles livros que foi languescendo nas minhas pilhas, enquanto aguardava o momento certo para lhe dar a devida atenção. Se estiverem a fazer o mesmo que eu, parem já. O livro é demasiado bom para aguardar momentos certos de leitura, e garanto que a capacidade narrativa de Moorcock é tão boa que até a capacidade de atenção mais fragmentada fica sua cativa num livro que é de leitura compulsiva. Um merecido clássico da literatura de ficção científica, e um digno inspirador da estética steampunk.

Vuonna 1903 syrjäiselle saaripahaselle vetäytynyt englantilaismies saa oudon vieraan, joka kertoo tulevansa seitsemänkymmenen vuoden päästä tulevaisuudesta, aikakaudelta jolloin sodat ovat historiaa ja suurvallat ovat jakaneet maailman siirtomaihin, joita pidetään tiukassa otteessa lentävien ilmalaiva-armadoiden avustuksella.Oswald Bastableksi esittäytyvä vieras alkaa kertoa tarinaansa, joka sisältää niin mielikuvituksellisia visioita, ettei voida varmuudella sanoa, ovatko ne vain oopiumilla mielensä tuhonneen miehen houreita - vai sittenkin täyttä totta.Michael Moorcockin "Ilmojen sotaherra" (Vaskikirjat, 2013) ilmestyi ensimmäistä kertaa vuonna 1971 ja genren paremmin hallitsevat pitävät sitä jonkinlaisena steampunkin ensiasteena. Teos aloittaa The Nomad of the Time Streams -trilogian, jota ei ole toistaiseksi suomennettu lainkaan. Ehkä tulevaisuudessa sitten?Moorcock käsittelee teoksessaan erilaisia poliittisia suuntauksia ja erityisesti kolonialismia ja valkoisen miehen taakkaa Oswald Bastablen silmin; päähenkilö joutuukin punnitsemaan monia oikeaksi kokemiaan asioita uudelleen ja saa nähdä, että mitalilla on todellakin kaksi puolta. Kiinnostavana yksityiskohtana mainittakoon kohtaus, jossa eräs henkilöistä tuntuu puhuvan 2000-luvusta:Eurooppa on kuluttanut unelmansa kokonaan. Sillä ei ole tulevaisuutta. Tulevaisuus on täällä Kiinassa, jolla on uusi unelma, uusi tulevaisuus. Se on Afrikassa, Intiassa - koko Lähi-Idässä ja Kauko-Idässä - ehkä Etelä-Amerikassakin. (s.181)Lukiessa "Ilmojen sotaherraa" tuli ensimmäisenä mieleen Edgar Rice Burroughs, jonka ihailijoihin Moorcock kuuluneekin, mikä selittäisi tietyt tyylilliset yhteneväisyydet. Lisäksi tulin ajatelleeksi myös nuoremman polven spefi-taituria Kim Newmania, jonka tapa sotkea vaihtoehtohistorialliseen maailmaansa niin todellisia kuin fiktiivisiä henkilöitä on myös Moorcockille ominaista.Ei nyt mikään maailmoja mullistava kirja, mutta kiinnostava lukukokemus kaiken kaikkiaan.

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First published on Radiant Attack - Sci fi, fantasy, weird and big freakin' squidThe rise and rise of steampunk has seen an almost astronomical amount of books featuring airship captains in battle for the sky. But in 1971 Michael Moorcock wrote the original airship novel, The Warlord of the Air. Moorcock’s novel, written under the guise of his fictional grandfather (also called Michael Moorcock), makes comment on colonialism and the alternate futures of the British colonies.Taking the character Captain Bastable from E. Nesbit’s The Story of the Treasure Seekers, Moorcock narrates the story as a recounted narrative. His grandfather, taking a respite break at Rowe Island, has a chance encounter with opium addicted Bastable, who recounts his unbelievable story. Bastable, once a soldier in the British Raj, marches upon the mystical city of Teku Benga. After a drastic earthquake, he is transported to an alternate 1973 where British India still exists and the world is divided into powerful colonies. In stead of airplanes, airships dominate the skies, and Bastable is trained to pilot these ships.Moorcock nails the Edwardian adventure tale with writing so skilled it is difficult to differentiate from period tales. Perhaps he is too good – for I felt the novel so convincing in its voice that I struggled to view it in a contemporary sense for the first half. The plot takes time to become more than just an adventure tale; it seems Bastable’s plight is to be buffered by the “slings and arrows of outrageous fortune.”Moorcock’s political discussions kick in at the halfway mark and elevate an ordinary adventure tale into something more important. Moorcock is a self-confessed anarchist, and the characters like Una Persson and Count von Bek often reflect these values. Bastable himself is a pure example of the colonial chap, who is changed through his encounters with both Indian and Chinese people. One of the main differences between the Edwardian style and contemporary writing is the lack of suspicion – Bastable is rightly shocked when anarchists, communards and feminists invade his life.He utilises the anachronistic narrator in a parallel 1973 to quip about contemporary issues."The Suffragettes of my own day would have been happy to hear that women over thirty now had the vote and there was talk of extending the franchise to woman of twenty-one."Over time, Bastable is slowly converted to the opinions of the anarchists after seeing oppression in colonies throughout the world. There are idealists and pragmatists among the revolutionaries. Vlaimir Illyitch represents the old idealists. He says:"A revolutionist is a man who, perhaps, fails to keep his innocence but so desperately wants it back that he seeks to create a world where all shall be innocent in that way."On the other hand are the pragmatists like General Shaw, who embody the concept of power obtained by military strength:"Political power grows out of the erupting casing of a bomb like the bomb we are carrying. With such bombs at their disposal, the oppressed will be able to dictate any terms they choose to their oppressors."I am a huge fan of literature that seeks to address political issues through alternate histories, but I don’t think the message quite works here. The plot feels sidetracked in order to espouse certain values on colonialism; despite my interest in colonialism I don’t need to be hit over the head with political messages in order to understand them. On the other hand, it is in keeping with the Edwardian/late-Victorian style of the novel. But it’s a difficult balance which isn’t consistently maintained through the novel. The first half has too little commentary, the last half has too much.For fans of steampunk, especially tales of airships, The Warlord of the Air is an essential read. Titan Books are currently reprinting the complete ‘A Nomad of the Time Streams’ trilogy. While the book may seem less original in an oversaturated market of corsets and corsairs, Moorcock still poses valuable questions about the nature of colonies and their affect on indigenous peoples. Viewed in the context of its original publication date, The Warlord of the Air is an important book in the canon of science fiction and fantasy.
—Kat

Com a chancela da Saída de Emergência, chega-nos o primeiro livro de uma trilogia do aclamado autor britânico Michael Moorck, vencedor de um Nebula Award, dois World Fantasy Award e três prémios da British Fantasy Society. “O Senhor da Guerra dos Céus” foi publicado em 1971 (seguiram-se “The Land Leviathan” e “The Steel Tsar”) e é uma das provas de como este autor é um grande nome da Fantasia e Ficção Científica mundiais.tO livro começa com a recuperação de Michael Moorcok (supostamente o avô do autor) numa remota ilha do Índico. Certo dia, trava conhecimento com um vagabundo que chega de barco. Acreditando que é um viciado em ópio, ouve a sua mirabolante história de vida. Ele é Oswald Bastable, um soldado britânico do início do século XX que numa das suas missões na Índia é surpreendentemente atirado para o futuro, mais precisamente para 1973. Mas esse futuro alternativo, polvilhado por grandes dirigíveis que dominam os céus, é muito diferente do esperado. O mundo vive um clima de paz duradoura baseado no poderio inglês. Porém, depressa Bastable se vê confrontado com uma realidade dura e escondida pela força ocidental. Apesar de se ver envolvido numa conspiração anarquista, o soldado é novamente engolido pelas correntes de tempo e atirado para uma vida sem destino certo.tDevo confessar que o livro foi uma surpresa. Não sendo leitor assíduo de ficção científica e não estando familiarizado com a obra do autor, fiquei assustado pela capa pouco apelativa. Mas bastou ler as páginas iniciais para perceber que “O Senhor da Guerra dos Céus” é uma excelente obra.tApesar de ter sido publicado em 1971, a linguagem é bastante acessível e, talvez devido à tradução, adapta-se perfeitamente a uma leitura mais casual. Michael Moorcok tem o dom de criar mundos e personagens complexos, mas a leitura é tão agradável que é notória a facilidade com que o faz. Tanto as descrições dos locais como a caracterização das personagens estão excelentes e o leitor é imediatamente envolvido por elas.tA história segue uma estrutura básica dos clássicos de aventuras, mas é igualmente empolgante. Bastable é o típico herói que é atirado para uma série de situações que lhe são estranhas, mas mantendo as suas virtudes e força. É uma personagem bastante sólida e é muito fácil gostar dele. É enriquecida pelas várias personagens secundárias com quem toma contacto, algumas delas personagens históricas que seguiram outro destino (Reagan, Lenine, Mick Jagger, etc.).tO aspecto mais interessante desta obra é a facilidade com que transpomos as suas metáforas para os dias de hoje. Com uma mente visionária e uma certa intenção moralista, Moorcock baseou-se no contexto sócio-político da altura para criar o seu próprio futuro alternativo. No entanto, alguns desses aspectos são encontrados nos dias de hoje: o falso clima de paz, o domínio dissimulado das grandes potências mundiais, a opressão das velhas colónias, a anarquia, entre outros.tTalvez o que vai desagradar mais aos leitores seja a rapidez com que o autor resolve cada conflito na história. Bastable salta de situação em situação sem que sejam fornecidos muito detalhes sobre a sua resolução. Todavia, estas passagens forçadas acabam por estar de acordo com a própria “maldição” do protagonista, uma vez que ele está condenado a viajar de forma quase aleatória pelo tempo.t“O Senhor da Guerra dos Céus” é um título recomendável a qualquer fã de ficção científica ou de histórias de aventuras. É uma obra intemporal e um importante marco na literatura do género. No meu caso, vou aguardar ansiosamente pela tradução dos restantes livros da trilogia. Perdido no Tempo, será que Bastable irá algum dia aparecer na nossa era?(Opinião publicada no blog Bela Lugosi is Dead)
—Fábio Ventura

This review copy was provided by Titan Books, who just last month re-released this classic novel, originally published in the 70’s. Which I think is awesome, since Michael Moorcock is among those writers who stand accused of starting the whole steampunk thing. The Warlord Of The Air is the story of Oswald Bastable, a man from 1902, who is mysteriously jolted out of his own time, and into the world of the (then) present, 1973. But this isn’t the 1973 that we all know and love. Oh no. The British Empire is still very much intact and alive, and colonialism rampant throughout the world. The atomic bomb has not been developed, nor has heavier than air flight. Instead, the skies are alive with airships, from the luxury liner Loch Etive to the run down old ship, The Rover. The story is written in the style of H. G. Wells, which is kind of interesting, but it doesn't slip into excessive rambling, as writing of that time period often does. All the nostalgia of the style, none of the annoyances, I would say. H. G. Wells, and other writers of the time, often started a story with the premise of it being a recounting of events - either the story is being told to another character, or the narrator is committing remembered events to paper. The Warlord Of The Air follows this tradition - the narrator of the first chapter is the man who discovers Bastable, after all the events of the story have occurred, and convinces him to tell his story. Bastable himself is a likable enough character, if naive. He's innocent enough that I could forgive him for being so staunchly supportive of British colonialism, believing the world to which he'd been sent a utopia. While his blind support of the status quo got to be a bit of an eye-roll after a while, when he did finally realize the cruel injustices of colonialism, it was a slow enough transition that it was believable. He's not a stupid character, he just knows what he knows, and a big part of the story is his discovery of the world. The funny thing was, I realized this story is structured very similarly to The Forever War, by Joe Haldeman, which I disliked quite a bit for being little more than a masterpiece of world-building hung on nearly no plot. The difference between the two though, is the world of The Warlord Of The Air is much more integral to the main character's emotional arc, which kept me much more engaged in the story. William Mandella of The Forever War observes his world in a cold, emotionless way, whereas Bastable describes 1973 with wonder and excitement, and later frustration and despair, and that world - the point of the story - changes him as a person in the end. William Mandella's character is unaffected and unchanged by his experience.
—Lindsay Kitson

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