Desde que descobri a existência de uma série literária tendo como protagonista ‘A Mulher’ que estou me coçando para ler esse título. Irene Adler aparece em um único conto das dezenas de histórias que Conan Doyle escreveu para o mais famoso detetive da ficção, e é um testemunho ao engenho do autor que com uma aparição tão rápida e passageira, ela seja uma personagem tão interessante.Talvez o fascínio se deva exatamente a isso. Adler é elusiva, cheia de mistérios não decifrados pelo leitor; ela foi uma prima donna da ópera, deixou um rei de joelhos e casou-se tão repentinamente que quase nos causa tontura e antes mesmo do caso que Watson batizou de Um Escândalo na Boêmia, ela de alguma forma se fizera notar por Holmes, que a tinha em sua enciclopédia particular.Considerando que Holmes só guarda as informações de que precisa para sua arte, é curioso que o nome de Adler já estivesse em seus registros, o que, obviamente, nos faz questionar ainda mais o que há por trás dela. Mesmo sendo um apreciador de música, eu duvido muito que o nome dela tenha ido parar lá porque o detetive se encantou com sua voz em alguma apresentação.Good Night, Mr. Holmes tenta responder parte dessas perguntas através dos diários de Penelope Huxleigh, que faz as vezes de Watson para o Holmes de Adler. A história começa muito antes dos acontecimentos narrados em Um Escândalo na Boêmia, quando Irene ainda estava longe de ser uma diva capaz de virar a cabeça de herdeiros do trono. Penelope, ou Nell, e Irene se conhecem quando a cantora salva a primeira de um furto... e acaba por abrigá-la em seus muito modestos aposentos, adotando-a como amiga quase sem que Nell se dê conta disso.Essa Irene mais jovem é adorável. Ela tem uma energia e uma convicção que nunca se acabam, uma astúcia e um pragmatismo que a fazem enfrentar todo tipo de situação. Considerando que tanto Irene quanto Nell começam a história numa situação paupérrima, do tipo ‘não sei se vamos ter o que comer hoje’, a forma como elas encaram tais desafios é admirável.É um pouco forçada, na minha opinião, dar a Adler um background de detetive, ainda que isso explique a forma como seu caminho e o de Holmes se cruzou antes do rei da Boêmia aparecer em Baker Street – especialmente se você jogar na mesma equação o senhor Tiffany (o da joalheria, pois sim), diamantes de Maria Antonieta perdidos na Revolução Francesa e um charmoso advogado chamado Godfrey Norton. A despeito disso, a história funciona bem, muito bem.De todos os retratos que já vi de Irene Adler, em séries e filmes e outros pastiches eventuais, a de Carole Nelson é, sem dúvida, a mais próxima da personagem que tenho na cabeça desde que me deparei com ela pela primeira vez. Irene não é uma vilã ou uma simples cortesã, não importam os epítetos que Watson use para descrevê-la. Ela é uma mulher traída, não apenas pelo homem que acreditava amar, como também por si mesma, por se ter deixado levar a uma situação da qual não teria como se recuperar – a perda de uma reputação na era vitoriana seria o equivalente a uma morte moral diante de toda a sociedade. Ela foi ingênua, até mesmo arrogante em acreditar que um rei se casaria com uma cantora de ópera.Apesar dessa traição, ela se recupera e é capaz de encontrar seu verdadeiro par na figura de Norton – e também o advogado é um personagem muito interessante dentro da narrativa de Carole Nelson. A princípio, Irene e Godfrey batem de frente, com direito a ameaças vociferadas e ranger de dentes. É Nell quem, sem sequer se dar conta, apenas com seu respeito e admiração pelos dois, que os faz enxergar além das desconfianças iniciais.Good Night, Mr. Holmes não é o melhor pastiche inspirado no detetive que já li, mas cumpre bem sua missão: é divertido, fiel ao espírito dos originais, com um bom desenvolvimento do personagem. É também o primeiro de uma série, de forma que lá vou eu catar mais Irene Adler para minha lista de leituras... Mas creio que vá valer à pena se o resto continuar progredindo como esse primeiro volume.
In a nutshell, if you like mysteries set in Victorian England, with lots of spot-on period details and engaging/endearing characters, then this book is for you. And by the way, Victorian England in this instance does not equal boring and stuffy.Before I get on with the review, no, this is not a horror, science fiction or fantasy novel, nor was it penned by an author just starting out, so yes, I freely broke out of my own set of reviewing parameters.Carole Nelson Douglas is an accomplished author, with 61 books to her credit, amongst them her successful Midnight Louie mystery series, and this series, the Irene Adler mysteries.I wanted to shine the spotlight on Douglas's Irene novels since we just saw the character of Irene Adler brought to life in the recent film, Sherlock Holmes.Granted, Douglas's Irene was not the precise inspiration for the theatrical Irene; however, her books bring the reader a very likable and fascinating character and deserve to be read.Irene Adler is "the woman" to Sherlock Holmes and the only woman to ever outwit him.In Good Night Mr. Holmes, we meet Penelope Huxleigh, who is Irene's own Dr. Watson, and it is through her eyes we are told the tale.Penelope and Irene meet on the streets of London after Penelope has been dismissed from her job at a fabric purveyor, homeless and penniless. Irene deftly saves Penelope from being accosted by a street urchin and the two end up taking a meal together, leading to Irene revealing her powers of observation concerning Penelope's circumstances. Rather taken aback, Penelope nonetheless accepts Irene's offer of lodging for the night and thus their friendship starts.As the story progresses, we are introduced to Bram Stoker, Oscar Wilde, Charles Tiffany & Anton Dvorak, which lend the tale a true-to-life air.Missing jewels, a thought-to-be-lost personal possession and a widow's inheritance are a few of the mysteries Irene must solve, with Sherlock Holmes himself, haunting the background.However, it is Irene's involvement with the Prince soon-to-be King of Bohemia that takes up the second half of the book and lays the groundwork for an interesting twist at the end.Irene is clever, advanced in her way of thinking and acting for woman of her time, which makes reading this so enjoyable.
Do You like book Good Night, Mr. Holmes (2005)?
So to preface this with a disclaimer: I am the kind of person who is planning to get an Irene Adler tattoo. So there's that.This is a really fun pastiche. It's not serious, it never tries to be, and it revels in being just a shade over the line of 'absurd'. Notably, it's also very Holmes-lite; the focus is strongly on Irene and her female Watson stand-in Penelope, and later, her canonical husband Godfrey Norton. Which leads me to one of my favourite things about this pastiche: it's basically a story about women being friends, despite being grossly different people at times. And Penelope is definitely her own character, flawed and frequently frustrating, rather than simply an insipid Watson clone.The story fleshes out A Scandal in Bohemia and adds some interesting little puzzles to the backdrop of it all, and none of it is really thrilling or amazing but it's good for a laugh. Irene as a character is quite strongly non-canonical and yet not totally out-there when it comes to how she's written, and she's certainly interesting.The prose is perfectly serviceable, though the author seems to have a period dress fetish.Overall, it's worth taking a look if you want a less 'serious' Holmes pastiche than the usual.
—James
Bardziej kojarzę Irene Adler z amerykańskiej adaptacji filmowej, niż z oryginalnych opowiadań o Sherlocku Holmesie (za dawno czytałam). Zostało mi wyobrażenie Irene jako kobiety pięknej, tajemniczej, niezwykle bystrej i bezwzględnej. Irene miała być kobietą niezależną, działającą na granicy prawa, a nawet czasami miała pracować dla tej "ciemnej strony". Panna Adler z powieści Carole Nelson Douglas jest przede wszystkim... miła. Miła, uczynna, wielkoduszna. Czasami, faktycznie kradnie ciastka z cukierni, ale czy to wielkie przestępstwo? Brakowało mi tej filmowej Adler. I bardzo współczułam jej książkowej współlokatorce Nell Huxleigh. Nell była córką duchownego i często patrzyła na wybryki Irene z wyżyn swojej wpojonej moralności. Ale po za tym też była młodą kobietą, spragnioną uczucia i zainteresowania. Niestety bogata osobowość Adele zawsze pozostawiała ją w cieniu. Niesprawiedliwe, prawda?Jeżeli ktoś się nastawił na spotkanie z Sherlockiem Holmesem, to jest go niestety w książce jak na lekarstwo. Dosłownie pojawia się nagle i równie szybko znika, nie wnosząc za dużo do samej akcji
—Julka
Let me start by admitting that I enjoy Sherlock Holmes, but I am not a Holmesian. I think the actual canon is pretty good, occasionally great, and that Doyle showed rather too plainly his growing dissatisfaction with the series. What Doyle DID do right was create an unforgettable character, an icon, one that writers today would KILL for. Holmes is a character that has survived numerous movie and TV shows, including a cartoon, and inspired literally hundreds of writers to try their hand at a new spin on the old stories. (One of my favorites from last year was Sherlock Holmes Through Time and Space for the amazing creativity it contained.)I loved the IDEA for this book. Take The Woman, Irene Adler from "A Scandal in Bohemia," the one female Holmes seemed to consider a worthy adversary, and tell her story. The trouble is that the story the writer tells is just not up to the idea. Irene is unconventional, brave, intelligent, and resourceful. So why is she wasted in this romantic meandering that only occasionally involves any real mystery and treats Holmes as a bit player? The idea seemed to be to present Irene as a female counterpart to Holmes. To that end, she has a mysterious past, like his, that same ability to 'deduce' from the clues at hand, an urge to solve mysteries, and a stuffy, conventional sidekick. (I may be doing Watson a disservice here. Penelope Huxleigh is amazingly insipid and uninteresting. At least Watson had something of a life.)I kept at it, waiting for the fatal meeting between the two, but wound up embroiled in Bohemia, where Irene is protecting her virtue by declining an offer to be the new king's mistress. Come on. Not buying it. So I gave up and never got to see what happened when Adler and Holmes finally met. What really bugs me is that this series means that someone else can't use the same great idea - the story of Irene Adler - and turn it into something really WORTH reading. Don't bother.
—Cindy