Não gosto muito de texto dramático (excepto de Shakespeare), mas já que estava no programa de Português de 12º esta obra, li-a.Bem, é um pouco estranho. Talvez por ter lido tudo em poucas horas, não gostei muito. É demasiado aborrecido, a história é simplesmente desinteressante... Por momentos, pensei que pudesse ter em mãos algo mais giro, como "Frei Luís de Sousa".Enfim, dêem-me Almeida Garrett ou Shakespeare para ler que decerto que vou gostar. "Felizmente há Luar"? Não. A nota que dou a este livro está decerto ligada ao facto de o ter lido imediatamente a seguir a "Memorial do Convento", ambos compulsivos na escola: admito portanto a minha parcialidade para com este livro (qualquer obra estudada em comparação com Saramago perde um pouco a sua grandiosidade)."Felizmente há Luar!" é uma obra aborrecida, que repete temas vagos e cuja única característica interessante é a sua comparação brechtiana entre o Portugal das Invasões francesas e o Estado Novo. Um leque de personagens-tipo com pequenas falas de pouco interesse ou profundidade (não passam disso, típicas), das quais a única personagem que realmente tem um q.b. de interesse é Matilde, que acaba por ser a força por detrás da narrativa - acaba por ser insuficiente para tornar a obra numa narrativa com profundidade. Na minha humilde opinião, esta não seria uma peça teatral que eu veria ou recomendaria a alguém (decerto muitos outros foram como eu forçados a ler a obra, e talvez isso lhe retire valor), mas tem como qualidade redentora o seu valor histórico de uma época de opressão da liberdade de expressão.
Do You like book Felizmente Há Luar! (1961)?
One of those books you need to read because of school. Not my type.
—katamonyi
Conta a história do 25 de Abril de 1974, história gramática.
—Ray
