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City (2008)

City (2008)

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4.1 of 5 Votes: 1
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ISBN
188296828X (ISBN13: 9781882968282)
Language
English
Publisher
old earth books

About book City (2008)

Um livro intrigante, inquietante ao inverter as premissas humanistas da FC clássica. Em City, Simak entrega o planeta aos cães, num sentido muito literal. As espécies caninas vão-se tornar na forma dominante de vida inteligente numa Terra abandonada pelos humanos, partidos em busca de paraísos reais ou virtuais. As histórias, originalmente publicadas em diversas revistas de ficção científica, vão nos mostrar a evolução do planeta ao longo de milénios. O que é para nós um relato, é-nos apresentado como uma lenda, contada pelos fiéis companheiros de uma humanidade da qual apenas guardam vagas recordações.O que intriga neste livro, colecção de contos dispersos com um fio condutor bem vincado, é a forma como Simak antecipa algumas das nossas correntes contemporâneas de ficção científica e pensamento tecnológico. Simak mostra-nos as consequências de um almejado futuro pós-escassez, onde a pobreza é eliminada graças à tecnologia. Fiel ao optimismo tecnocrático vigente nos anos 50, condena a humanidade a um ócio eterno, que a irá estagnar. Visão contrastante com a nossa, que aceita que a pós-escassez, a acontecer, será dominada por uma restrita elite, deixando o resto da humanidade na pobreza. As transcendências singularitárias são também antevistas nestes contos. Quer com o destino da humanidade, transformada em criaturas pós-humanas, quer com o destino das restantes espécies animais, que com alguma ajuda humana irão evoluir até desenvolverem inteligência e civilizações próprias. Será que David Brin se inspirou nestes contos para a sua série Uplift? Os impactos imprevistos do progresso tecnológico nas sociedades são também evidenciados nestes contos, com um curioso aceno às virtualidades digitais. Décadas antes de se falar em realidade virtual, Simak fala-nos de uma parte da humanidade que se refugia num sono eterno, habitando mundos electronicamente induzidos.City: Uma variante progressista de visões de futuro pós-escassez, com a automação, energia abundante e novas técnicas de cultivo a tornar obsoletos os modelos económicos e sociais vigentes. Num futuro destes, as cidades estão a ser abandonadas por populações que já não precisam delas. A pressão social agora é regressar ao campo. Com as quintas tornadas obsoletas por formas de cultura hidropónica e técnicas baratas de construção de casas, qualquer um pode ter uma grande propriedade nos vastos confins rurais. Restam nas cidades os arreigados aos antigos sistemas, incapazes de compreender a profundidade das mudanças, e os que foram levados pela enxurrada da inovação, cujos modos de vida se tornaram obsoletos neste admirável mundo novo. Mas não temam. Simak escrevia no auge do positivismo tecno-científico, onde estas alterações eram vistas como benignas, e onde o conceito de ajuda ao ajustamento funcionaria como mitigante para os impactos negativos de um progresso globalmente visto como positivo. Curioso contraste com as nossas assustadoras visões contemporâneas sobre o progresso da automação e o impacto negativo que terá nas relações laborais. Tem ainda um pormenor curioso, específico da guerra fria: um dos objectivos deste impulso de regresso ao campo foi, em tempos, o de dispersar populações e recursos para minimizar o impacto de possíveis guerras nucleares. Daí parte uma inexorável marcha que mudará a face do planta. Curiosa reflexão de Simak sobre a forma como as consequências previstas dos planos futuristas raramente são aquelas que modelam os futuros.Huddling Place: Há um nome de família, os Webster, que surge no primeiro conto, com um personagem que resgata a cidade da destruição para a transformar num museu natural. Essa família irá tornar-se o fio condutor das várias histórias que formam este livro. Nesta segunda, um cirurgião de renome vê-se impedido de salvar a vida de um amigo, filósofo marciano, ao descobrir que sofre de agorafobia. Há duas correntes neste conto. Por um lado, o sentimento de segurança quebrável por deslocações como grilhão que começa a prender uma humanidade acomodada na pós-escassez. Os efeitos morais perniciosos da libertação da pobreza e escassez são um tema que estará em evidência ao longo dos contos. Simak parece fazer notar que se as utopias paradisíacas são belos sonhos, sem vicissitudes ou desafios o espírito humano definha. Noutro, directamente relacionado com a sequência narrativa, a morte do filósofo vai negar à humanidade uma descoberta fundamental para a psique.Census: Um governo mundial a esboroar-se perante uma humanidade cada vez mais rarefeita envia um recenseador até às terras selvagens. A sua missão é a de documentar grupos de humanos cujas mutações lhes conferem inteligência avançada e longevidade. De caminho tropeça na mansão familiar dos Webster, com os seus robots atenciosos e os cães capazes de falar, algo tornado possível graças a experiências médicas que conferiram o dom da palavra aos fiéis companheiros do homem. Já os mutantes revelam-se donos de um intelecto verdadeiramente superior, e o recenseador entrega-lhes o trabalho incompleto do filósofo marciano.Desertion: Nem toda a humanidade se rende à inércia. Alguns atrevem-se a explorar o sistema solar, desbravando os planetas. Em Júpiter, um cientista e o seu fiel cão decidem-se a enfrentar o desconhecido. Perante o falhanço do regresso de exploradores enviados para o planeta, o cientista e o seu cão são metamorfoseados em criaturas de jupiterianas para tentar concretizar a missão de exploração. Que mistérios se ocultam na atmosfera de Júpiter? Tomando a forma das criaturas gasosas que o habitam, descobrem que a pressão insopurtável e a atmosfera de metano são locais idílicos para as suas novas formas, praticamente imortais e capazes de se compreender através de telepatia.Paradise: Alguém se sacrificou para regressar à humanidade, trazendo-lhes notícias do paraíso. Num curioso artifício, o conto anterior leva-nos a entender que seria o cientista, deixando para trás o seu fiel cão. Neste percebemos que foi o cão que regressou, tomando forma humana graças à tecnologia que permite transformar homens noutras criaturas. As notícias que para atingir um paraíso eterno bastaria à humanidade vir até Júpiter e tomar a forma das suas formas de vida gasosa não é bem recebida. A promessa da felicidade poderá dar a machadada final numa humanidade cada vez mais amorfa. Mas enquanto se debatem com o dilema de divulgar ou não esta notícia, algo estranho acontece. Os mutantes que fizeram a sua aparição em Census revelam o segredo filosófico que se julgava perdido com o falecimento do pensador marciano, e ao fazê-lo despertam uma capacidade psíquica latente na humanidade, tornado todos capazes de ler e compreender pensamentos. Hobbies: Em cada conto Simak faz-nos avançar uma geração. Como elementos de continuidade temos a família Webster e a sua casa, à qual regressamos num conto que nos mostra uma humanidade cada vez mais rarefeita. A larga maioria optou pela fuga para a pós-humanidade nos céus de Júpiter. Os que restam vão vivendo uma espécie de vida vazia, centrados em Genebra como último centro humano, quase um museu vivo onde os habitantes, libertos de qualquer necessidade, se entregam a um incessável e superficial ócio. E começam a escolher outro destino, optando por uma espécie de criogenização com sonhos digitais, fuga completa à fisicalidade terrestre. Neste périplo sobre um tipo de futurismo proto-singularitário, trazendo à mente esta filosofia futurista antes de ter sido criada, somos conduzidos por mais um Webster, descontente com que sente ser a decadência e ocaso de uma humanidade mais preocupada com a gratificação sensorial momentânea do que com a sua evolução. Mas talvez a fuga da humanidade tenha algo de positivo, permitindo a outra espécie desenvolver-se e atingir o seu potencial. Os cães, cuidadosamente cuidados pelos robots centenários da casa Webster, dotados de fala e capazes de intervir no mundo graças a robots especializados criados especificamente para eles, começam a afirmar-se como civilização, prometendo uma nova forma de vida inteligente sobre a Terra. Não sendo mecanicistas como os humanos, apostam na empatia e nas capacidades perceptivas, sendo capazes de intuir outras dimensões potencialmente habitadas que coexistem com a nossa. Enquanto a humanidade se condena ao ocaso, exilando-se para paraísos eternos, serão os seus fiéis companheiros a herdar o planeta.Aesop: A referência a Esopo no título justifica-se num conto que faz regressar o planeta ao tempo em que os animais falavam. Passados alguns milhares de anos após os eventos do último conto, restam alguns raros humanos num estado semi-selvagem, vivendo em harmonia numa sociedade onde os cães souberam transmitir a sabedoria e evolução aos restantes animais. Imaginem uma inversão moral da Ilha do Dr. Moreau de Wells e ficam com uma noção desta arcádia onde todos os animais se compreendem e o matar foi abolido. Esta nova forma de viver é guardada com bonomia por um robot já milenar, eterno servente dos Websters, nome de que família passou a designar os humanos restantes. Com o planeta entregue a um bucolismo arcádico, a humanidade transmigrada para formas de vida gasosa em Júpiter ou adormecida sob Genebra, são os robots selvagens que mantém acesa a chama do progresso, construindo naves que os levarão às estrelas.The Simple Way: Tal como os seus ancestrais humanos, chega agora a hora dos cães e restantes animais sentientes partirem para outros espaços. Fazem-no não através da tecnologia, mas da capacidade psíquica de aceder a dimensões paralelas, pelas quais se espalharão até a Terra, o seu berço ancestral, se tornar um mito. Mas o planeta não ficará desprovido de vida inteligente. As formigas começaram a dar sinais de desenvolvimento de uma civilização, cooptando robots para construir edifícios que ameaçam ocupar todo o planeta.Epilog: Resta ao simpático robot que acompanhou esta evolução milenar de espécies planetárias, o único que recorda os tempos áureos da humanidade, partir. Partir e abandonar de vez um planeta-berço, agora vazio, mas que espalhou incontáveis formas de vida.Notes To...: Cada conto é acompanhado de uma pseudo-nota bibliográfica. Este é um dos pontos mais interessantes do livro, que dá maior coerência a um conjunto de histórias ligadas entre si. Suaviza as problemáticas de construir um livro através de contos. O ritmo disperso da publicação original força-os a repetir as principais linhas narrativas para manter o contexto, algo que se torna cansativo quando coligidos. Já as notas adensam, para além das páginas dos contos, o ambiente narrativo. São observadas através do ponto de vista dos cães, descrevendo num tom irónico de análise literária a sua perplexidade perante o que consideram mitos que talvez tenham fundo real.

Clifford Simak's fame has waned in the years after his death, and he never was one of the more well-known or popular SF authors to begin with. He broke onto the SF scene in 1944 with a series of semi-linked short stories and novellas, a future-history that took humanity out of its near-future cites, into star-studded galaxies, even beyond mere homo sapiens. He continued writing them through 1947, then published one final tale in 1951, at which point they were joined together and sold as the fixup novel City. (One more was added in 1971 in a volume honoring editor John W. Campbell, who had published all but one of the others in Astounding Science Fiction.) It remains something of a minor classic to this day, having made quite an impact in introducing Simak's pastoral and mournful themes to science fiction.City's frame story comes in the form of academic notes left by humanity's successor, intelligent dogs uplifted by a man named Webster. Each of City's stories are part of the dogs' oral history, myths passed down from generation to generation of a race called humans---whose existence is hotly contested. And each of the stories follows some humans of the Webster family, telling of the Websters' roles across human history, both successes and failures. Readers who see SF as an attempt at prediction/prophecy will be disappointed with the direction Simak takes his future history; those of us more interested in the story's insights or context have a wealth of material at hand."City" starts off strong with its pastoral, mournful atmosphere; in a predicted post-War future, where cheap atomic-powered aircraft sees decentralized population centers end the Cold War---why live in a city when you can live in the beautiful country and commute in a ten-minute plane ride? "City" imagines the decline of the city, with the Webster family one of the last inhabitants of a dying town; it's followed up by "Huddling Place," one of the most effective stories in the collection. "Huddling Place" deals with the fallout of this shift---the Webster of the next generation is a brilliant surgeon with an acute case of agoraphobia; despite the pastoral beginnings, Simak seems to be implying that the fiction flight to rural life had unintended consequences. (A few other humans become mutants with strange abilities, possibly also due to the societal shift.) The issue is compacted by a summons to save the live of one of his friends, a Martian philosopher, and the story is a decent psychological tale as Webster struggles to overcome his fears.The science and logic behind Simak's tales often require a leap of faith; I'm not sure I agree that technology would lead to shrinking urban centers, though it's a nice utopian idea and makes for a fascinating story. More often than not I find them a success of pathos over logos---also, both a contrast to other SF of the era, and direct commentary on its point in time. "Desertion," the other stand-out story in the book, sees a Jupiter survey mission open a gateway to transcendence, where humans remake themselves anew and flee into their posthuman future. It happens to be the first of these stories that Simak wrote (in 1943, though it was published fourth), a direct reaction to early reports from Europe about the Holocaust---actually per Simak, the entire book "was written in a revulsion against mass killing and as a protest against war." There's something poignant about "Desertion," where an author so disillusioned with humanity's propensity for violence reshapes this nature by way of fiction. For me, knowing the historical context amplifies the utopian fantasy themes.The stories continue to develop and escalate along those lines; robotics and artificial intelligence are developed, and uplifted man's best friend to sentience. By the time of the sixth story "Hobbies," there is only one city left, Geneva, in which the few listless humans who won't leave for Jovian transcendence struggle to find a purpose---facing an apocalypse of pastoral isolation. Humankind drifts off into the ether, taking the "long sleep" of cryogenics or becoming more-than-human on Jupiter, leaving Earth behind for its servitors---its creations, the uplifted dogs and the robots, left to guard and guide the world in humanity's absence. And despite some wraithlike alien presence only the dogs can detect, the dogs develop their own utopia free of violence and want. Yet they too are fallible, with exactly the opposite flaws compared to the humans. Each of the stories is outlined by notes from doggish scholars, and the dogs' role in the tales increases as humanity's fades.If commentary by way of sentient dogs sounds a bit ridiculous or cheesy, note that there is (or at least was) a firm debate on whether they added or subtracted from the novel. On the one hand, the stories stand on their own fairly well, while the doggish commentary often includes twee jokes, and ham-handedly ram home points that the stories were quite capable of making. On the other hand, the dogs' analysis of each story brings out more of Simak's points and themes; he uses them to isolate and outline the philosophical issues his stories raise---in between a few bad jokes (the one where dog scholars believe "woman" and "wife" to be interchangeable with "female" felt painfully antiquated). The idea of a sentient, uplifted dog doesn't concern me, though to be honest I think the stories are more poignant without the introductions.Because, you see, the stories aren't about the dogs---despite how the novel may appear. Even when all that is left is doggish, the dogs are used to display the human absence. City is about humanity, how it changes over time and reacts to the fictional situations Simak places it in. The book raises some fascinating questions about progress and intelligence and human nature. Simak was ahead of the curve in penning stories that were often more philosophical and cerebral, especially compared to neighboring stories in Astounding---Asimov's robot mysteries, Kuttner's robot puzzles, and an onslaught of Hard SF: can-do engineers overcoming obstacles and adventures in rigorous physics speculation.City demands that its readers accept its conceits---with the dogs, with the gaps in logic and science, and with some of its more inventive and wild themes (malevolent mutant psychics, for one). If you can accept that imaginative vision knowing it is not real but a dream, you'll find some of the best SF stories from the 1940s. Its pages are full of potent and insightful ideas, the novel being a subtle-but-deep examination of multiple themes told using Simak's soft touch and pastoral ambiance. It's also deceptively good, and remains a more than worthy read---it remains a classic of science fiction, underrated and forgotten though it is.I recieved an eARC from NetGalley and Open Road Media in exchange for this open and honest review. Review, and more classic SF reviews, on my blog.

Do You like book City (2008)?

Ma mäletan, et proovisin seda raamatut lugeda juba hulk aastaid tagasi aga siis ei saanud miskipärast esimestest lehtedest eriti kaugele. Ju oli siis midagi muud parasjagu meelel või tont teab enam. Praegu istus igaljuhul väga hästi, nukker ja optimistlik ühekorraga nagu Simak ikka. Täis temale omaseid teemasid, pisikesi veidrusi ja kinnisideid kuid selles hoolimata suurepärane hästi lendava fantaasiaga ja küllaltki eepiline lugu robotist, kes jälgib maal toimuvaid arengutsükleid. Inimeste kadumist, uute liikide tõusu ja langust jne. Mulle meeldib Simaki julge ja täiesti tänapäevalgi pädev fantaasialend ja oskus vahel ka minu arvatest täiesti kirjeldamatut päris tabavalt kirjeldada. Näiteks kirjutada 1944-1951 aastatel täiesti uutest filosoofiavoolust, mis muudetakse visuaalseks mõtteviiruseks on ikka päris raju küberpunk. "Ta oli näinud, kuidas inimesed läksid Jupiterile, et muutuda millekski enamaks kui inimesed, kuidas Websterid läksid Genfi unenägude igavikku, Koerad ja teised loomad läksid kollimaailmadesse ja nüüd, viimaks nägi ta ära, kuidas surid välja Sipelgad."Meeldis, vägagi meeldis.
—J.j. Metsavana

[I received a copy through NetGalley, in exchange for an honest review.]A hard one to rate, for sure. 3 to 3.5 stars?On the one hand, it's one of the classics of "old science fiction" I've always wanted to read—I only recently linked its English title to the French one. And, like many stories written several decades ago, it retains a quaint charm. Science that was prominent in minds at the time (atomic power...). Themes of a better world, of Man evolving into better beings, renouncing the old ways of killing, even of living in cities. Openings towards strange, new dimensions, even though reaching for those would involve a complete change of perception. But also sadness: the end of a world, of several worlds, humanity devolving into solitary creatures, then nothing, leaving Earth into the "hands" or dogs and robots. A sort of paradise, untainted by the concepts haunting human beings... yet here, too, a solitary one, for while the dogs developed their own society, they, too, were haunted by the idea of Man, kept alive by Jenkins, the faithful robot who served the Webster family.On the other hand, I have to admit that a lot of those were painfully outdated for a 21st-century person. I'd probably have appreciated these stories more if I had read them when I was much younger—in other words, especially when it came to all those "atomic" thingies, back when I still had recollections (although heavily filtered through my child's eyes) of Chernobyl, and a vague fear of the Cold War. I would've missed other themes, for sure, but maybe some of the "scientific" ones wouldn't have struck me as so wobbly. Granted, this was unavoidable; a lot of SF classics would suffer the same fate. It did bother me to an extent, and that was really too bad.The biological side of science here didn't make much sense either: mutants; people turning themselves into creatures adapted to life on Jupiter; ants developing a kind of clockwork/steam power; dogs being given words and voice while still forced to rely on robots for want of hands (why would surgery on vocal chords translate into heavy genetic changes in just a few generations?). And generally speaking, the Earth described in "City" was just too big, too empty, to justify the maintainenance of robots as a whole (no factories were mentioned, for instance), with the passage of thousands of years emphasising the "how did they manage to last for so long?" question.And yet, I cannot deny these stories, as well as the way they are linked, a certain power. Not in the writing itself, not in the obsolete or weird science, but in how they conveyed strong feelings. The despair of one man, whose fears doomed humanity to lose an important philosophical theory that could've changed the world forever. The end of a city, abandoned by people who preferred to live in the country, an echo of the suburbian dream. Men left behind and choosing to dive into endless sleep in the last surviving city, forever enclosed within countermeasures long forgotten, for there was no point to staying awake anymore and kill their boredom with hobbies become meaningless. Robots performing tasks even after their owners had died and gone. Dogs keeping a promise, passed down from a long-dead ancestor, a promise the meaning of which had been somewhat lost. Man, both the god-creator and a legend in which dogs only half believed.It *is* definitely strange, for the human characters were not particularly striking. I guess the book managed to tell what it had to tell through other means, among which the dogs and Jenkins?So I could not wrap my mind around the nonsensical science... but the feelings were here, and kept coming back at me, along with reflections on what it means to be human, on what humans could d/evolve into. And although this wasn't my favourite read of the year, it will stay with me for some time no matter what, and I would still recommend it.
—Yzabel Ginsberg

Clifford Simak's City won the 1953 International Fantasy Award, which was awarded to a science fiction or fantasy book. This book is more the latter, despite its later inclusion in later collections such as the SF Masterworks, Easton Press Masterpieces of Science Fiction, and the Locus Best SF Novels of All-Time.Yes, this book is science fiction, and contains references to space and dimensional travel. Despite one of the stories being set on Jupiter, these are only references. This book focuses more on human development over a very long scale. It was originally published as a series of short stories in Astounding Science Fiction magazine. These stories are collected with interspersed brief commentaries from scholars of a future dog civilization.This far future civilization is fascinating for a number of reasons – the removal of violence, the collective of animals, and the complete loss of Man - even as an idea. The agents of much of this change are a mutant named Joe and the robots, and later one robot in particular – Jenkins.Much of science fiction is judged on whether the author "got it right" – it will be thousands of years before we can weigh in on this tale. Where some reviewers have complained about whether dogs could become intelligent, I found the most absurd bit that the physical house of Webster would remain standing after thousands of years.I liked this tale, but I didn't love it. I spent the better part of three weeks reading it with travel and interruptions – perhaps a re-read of this slim book would rate higher.
—Thom

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